domingo, 2 de maio de 2010

Mineiros - Goias

             Mineiros, municipio do sudoeste do estado de Goiás, faz fronteira com os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é um municipio com grandes belezas naturais. Entre elas belas cachoeiras: Dois Saltos, Pinguela, Sucuri, Perdizes, Rio Verde, Diamantino e outras tantas ainda inexploradas, a Pedra Aparada e seus mistérios e lendas, Serra do Pinga Fogo e o Parque Nacional das Emas, conhecido como a última pátria do cerrado preservado dentro de uma realidade onde atualmente cerca de 63% de área nativa de Cerrado que ainda restam estão basicamente constituídas por áreas privadas submetidas a diferentes tipos de uso como: pastagem nativa para criação de gado e exploração de carvão vegetal. Apenas um quinto dessa área é mantido como reserva florestal para exploração de lenha ou proteção de encostas, 9%da paisagem natural remanescente é composta por áreas indígenas, 1,1% Área de Proteção Ambiental e 2,5% áreas de preservação (parques e reservas cientificas). Os parques destinados a preservação da fauna e flora foram criados pela Lei: 4.771 decreto: 84.017 de 9 de setembro de 1979 e são administrados pelo IBAMA, tendo a função de preservar amostras representativas de ecossistemas, belezas cênicas e seu patrimônio genético e desenvolver atividades de educação ambiental, turismo e lazer. Nessa categoria pode ser citado o Parque Nacional das Emas nos municípios de Mineiros e Chapadão do Céu. O Parque Nacional das Emas, foi criado através do decreto 49.874 de 11 de janeiro de 1961, localizado nos municípios de Mineiros e Chapadão do Céu essa reserva possui como área 133.063 ha. E tem como principal objetivo preservar amostras do bioma Cerrado, bem como proteger o habitat da fauna endêmica (característica de certo local) e conservar as diversas nascentes presentes dentro do parque. No Parque Nacional podem se ver diversos tipos de formação vegetal como denominados de fisionomias do Cerrado. Segundo informações de diretores do parque a maioria das comunidades animais habitam as matas ciliares, sendo que algumas das espécies procuram as áreas abertas durante algumas horas do dia ou da noite para se alimentarem, como é o caso da onça.Muitos estudos são realizados no parque a fim de levantar informação sobre as comunidades de animais, como o número de indivíduos, o que é essencial para o controle populacional uma vez que cada animal precisa de uma área para viver e se alimentar, portanto as comunidades são controladas para não atingirem excesso populacional e assim não comprometer o equilíbrio do parque. O equilíbrio do parque também é controlado com a realização de queimadas controladas com o objetivo de não comprometer a vida caso ocorra um incêndio de grande proporção como ocorrido em 1994. Outro fenômeno de grande beleza e que pode ser observado nos meses de setembro e outubro, é o fenômeno da bioluminescência - que são as larvas dos vagalumes que se abrigam nos cupinzeiros. A curiosidade e a admiração pelos cupinzeiros iluminados nas noites quentes e úmidas de primavera e verão datam desde o século XIII. Muitas impressões, teorias e lendas em torno desse fenômeno foram atribuídas ao longo dos últimos séculos, entre eles: evento fantasmagórico, brilho dos cupinzeiros por estarem rodeados de insetos luminosos, bactérias luminescentes instaladas nos ninhos dos cupins, entre outros relatos e assombros. O que todos concordam é que se trata de um efeito estético mágico.

                              A 6 km do portão do Bandeira, o espaço rio formoso abriga a atual sede administrativa do PNE, cuja composição é feita por algumas edificações que abrigam funcionários, pesquisadores, o diretor do parque e outras instalações, como: administração, museu, biblioteca, núcleo de educação ambiental, uma rádio e um auditório com capacidade para 30 pessoas. Além destas o espaço conta também com agradáveis equipamentos de apoio na área externa como churrasqueira, bancos e mesas de madeira, que proporcionam bons momentos à beira do rio Formoso.
Nos 131.868 hectares de reserva o visitante poderá observar, além da rica vegetação, corredeiras de águas cristalinas, animais como Veados-Campeiros, tamanduá-bandeira, Lobo-Guará, Emas, Araras Canindé, Tucanos, Sucuris e diversas outras espécies. A denominação de Parque Nacional das Emas é decorrente da presença, na região, de grande quantidade dessas aves (Rhea americana).
O avistamento e observação de animais e aves não é um atrativo garantido na medida que depende do encontro por “acaso” do visitante com os animais. Pode acontecer ou não. Muitas vezes depende também da paciência do visitante, dos horários e locais mais prováveis, etc. Mas mesmo tomando todas as medidas para avistar algum animal pode acontecer de o visitante ter que se contentar com as pegadas e outros vestígios da passagem do bicho.